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Nosso

Projeto Pedagógico

Nosso colégio, em atividade desde 1994, preza pelo equilíbrio entre tradição e inovação, uma vez que compreendemos o mundo com consistência de vanguarda. Por isso, procuramos sempre conjugar as novidades oriundas das pesquisas nas áreas da educação e da ciência aos desafios que o mundo contemporâneo suscita.

Nossa proposta pedagógica organiza-se a partir de quatro pilares:a autonomia, a autoria, a concepção do sujeito complexo e a contemporaneidade, os quais olham o aluno por um prisma que o considera em sua integridade e em seu tempo.

O nosso modelo pedagógico prepara o aluno para a vida, tornando-o um cidadão crítico, atuante, consciente e capaz de enfrentar os desafios pessoais e do mundo do trabalho. Visando a uma formação integral, cultivamos a inteligência e o compromisso com as diversidades culturais, linguísticas e étnicas, pautando nossa prática em valores éticos e solidários.

Em suma, no Giordano, vislumbramos a educação como instância transformadora e entendemos que o conhecimento não é um produto acabado, configurando-se como construção processual, dialógica e crítica, que requer maturação e aprofundamento.

O universo do Giordano é sustentado pelos pilares:

Autonomia

A autonomia orienta nossa prática, contudo ela requer uma construção paulatina e progressiva que envolve as questões cotidianas e a emancipação do pensamento crítico. Podemos assumir que a autonomia só existe a partir da heteronomia, porém esse vínculo de dependência pode ser quebrado vagarosamente para que o estudante assuma o protagonismo de seu aprendizado. Assim, o aluno não só aprende com o professor, mas também reúne condições para pensar e elaborar de forma autônoma o seu conhecimento. No Giordano, o termo autonomia não exclui as possibilidades do rigor e do compromisso com o outro. A busca da autonomia implica uma dinâmica de ensino-aprendizagem que valoriza as iniciativas e as diferenças, mas sempre tendo como referência os valores e padrões que o conhecimento humano vem acumulando. Rupturas são sempre possíveis, no entanto, não podem ser confundidas com onipotência e irresponsabilidade.



Autoria

A autoria é basilar em nosso cotidiano. Como sujeitos críticos, nossos alunos são produtores diários de seu processo de aprendizagem e a construção dessa voz autoral é de fundamental importância para uma educação que respeita a pluralidade de ideias. Aqui, a prática pedagógica permite aos alunos a compreensão da trajetória que deve ser percorrida para o desenvolvimento da autoria nos diversos campos de conhecimento. Nos currículos de cada disciplina o aluno entra em contato com a especificidade do processo de circulação do conhecimento da área, seus gêneros discursivos, suas exigências e, sobretudo, seus principais autores. ​ Por meio do dissenso entre os próprios teóricos e linhas de pesquisa, o aluno pode dialogicamente formar o seu lugar de enunciação. Desvelar a função de autoria e fornecer meios para que o aluno se exercite como autor é uma meta de todas as disciplinas do Giordano.





Sujeito Complexo

Olhar para o aluno como sujeito complexo é considerar seus aspectos cognitivos, emocionais, biofísicos e políticos. Essa visão permite o respeito às tensões vividas por cada um e, ao mesmo tempo, possibilita que se construa um espaço de alteridade regulado pela ética do convívio. Cognitivamente, os saberes prévios e a memória devem ser valorizados e associados às descobertas e experimentações dadas na ação e na interação. Agir sobre objetos, experimentá-los, compartilhar ideias são dinâmicas que contribuem para engajar a curiosidade e o desejo de aprender. Emocionalmente, o aluno deve ser compreendido em sua relação com a alteridade, lembrando que a manifestação da singularidade sempre se dá em um espaço tensivo. Compreender que o engajamento com os processos de aprendizado mesclam-se à vacilação e à negação é importante para despertar novos aspectos do desejo que vinculem o aluno à aprendizagem de maneira produtiva. ​


Contemporaneidade

No Giordano, procuramos não perder de vista os novos referenciais de pesquisa e as discussões requeridas pelo contexto. As polêmicas e tensões da vida social fazem parte do cotidiano escolar, bem como as novas tecnologias e modos de conhecer que podem contribuir para uma leitura crítica da realidade. ​ Em contrapartida, revalorizamos, a partir dos debates do contemporâneo, o conhecimento tradicional, tomando o mundo contemporâneo — o tempo do aluno — como ponto de partida e de chegada. É possível mostrar que o conhecimento clássico da literatura, da filosofia, das artes e das ciências está presente no mundo contemporâneo e, muitas vezes, a retomada de princípios e conhecimentos filosóficos e científicos do passado pode gestar novas concepções.